A tragédia nos Andes refere-se ao acidente aéreo ocorrido em 13 de outubro de 1972, quando um avião Fairchild FH-227D da Força Aérea Uruguaia, transportando 45 pessoas, incluindo jogadores e membros da equipe técnica de um time de rugby uruguaio, além de seus amigos e familiares, caiu na Cordilheira dos Andes, na fronteira entre o Chile e a Argentina.
O voo tinha como destino Santiago, no Chile, mas devido a erros de navegação e más condições climáticas, o avião colidiu com as montanhas, resultando em um acidente devastador. A aeronave ficou presa nas montanhas cobertas de neve, em uma região remota conhecida como Valle de las Lágrimas.
Das 45 pessoas a bordo, 29 sobreviveram ao impacto inicial, mas muitas estavam feridas. Diante das dificuldades extremas, como temperaturas congelantes, falta de alimentos e a ausência de socorro imediato, os sobreviventes enfrentaram uma luta desesperada pela sobrevivência.
Após várias tentativas frustradas de resgate, alguns dos sobreviventes decidiram caminhar em busca de ajuda. Finalmente, em 20 de dezembro de 1972, após 72 dias perdidos nas montanhas, os 16 sobreviventes restantes foram resgatados. Durante o período de isolamento, alguns dos sobreviventes recorreram ao canibalismo para sobreviver, uma decisão extrema que gerou controvérsia e debates éticos.
A tragédia nos Andes foi documentada em vários relatos, incluindo o livro “Alive” (Vivos), escrito por Piers Paul Read, e o filme homônimo de 1993. O incidente destacou a incrível resiliência humana diante de condições extremas e as complexidades morais que surgem em situações de sobrevivência extrema.